O Metropolitano de Lisboa deu por concluída a limpeza e remoção de tags e graffiti de todas as estações da rede. Os trabalhos decorreram em todas as áreas públicas das estações, em particular nos acessos interiores e exteriores das mesmas (que são as zonas mais vandalizadas), bem como ao nível dos átrios e dos cais. Estima-se que foram removidos cerca de 2.227 m² de tags e graffiti, sendo a linha Verde a que se apresentava mais vandalizada, seguida da Amarela, Azul e Vermelha.

Nesta ação, que teve início na linha Verde, em novembro de 2020, e foi concluída em janeiro do corrente ano, foi removida uma quantidade elevada de tags e graffiti, valores sem paralelo nos últimos anos.

Como técnica utilizada recorreu-se à aplicação de produtos químicos biodegradáveis. Posteriormente, as superfícies mais porosas foram impermeabilizadas através da aplicação de um produto anti graffiti que protege as superfícies evitando a fixação de novos tags e graffiti e facilita a sua posterior remoção.

Esta metodologia não se aplica aos tags e graffiti efetuados nos vidros com produtos ácidos, já que estes danificam por completo essas superfícies e a única forma de remoção dos mesmos é a substituição integral dos vidros.

Consciente de que estas ações de remoção dos tags e graffiti, por si só, não erradicam a produção dos mesmos, o Metropolitano de Lisboa prevê dar continuidade às ações de limpeza de forma contínua e prolongada no tempo, através da operacionalização de uma equipa permanente com formação adequada e dotada dos meios necessários que se dedicará exclusiva ou prioritariamente à sua remoção.

Estes trabalhos de remoção dos tags e graffiti visam a preservação de espaço público como são as estações do Metropolitano de Lisboa que, ao longo dos 61 anos de serviço público, são consideradas como uma galeria de arte subterrânea e o museu de arte pública mais visitado de Lisboa.

A história do Metropolitano de Lisboa está marcada pela preocupação constante em criar uma proximidade com o público, conferindo à sua rede uma dimensão estética, humanizando e tornando atrativas as suas estações, onde as intervenções artísticas e a vertente cultural assumem um papel de especial relevo a nível nacional e internacional.