Alto dos Moinhos
Diz João Castel-Branco Pereira: “Pomar dá corpo a um Camões guerreiro e galante, memorista de uma história pátria poeticamente ficcionada, em duelos medievais, exotismos do Oriente e amores fogosos em ilhas míticas. Um outro modo de ser português é o que o artista regista em Bocage, irreverente e sarcástico narrador de histórias burlescas, que contudo não deixa transparecer uma consciência tenebrística da vida.
Do século XX, representam-se duas figuras emblemáticas da nossa contemporaneidade: Fernando Pessoa e Almada Negreiros. O primeiro, personagem do drama moderno da impossibilidade do indivíduo ser um só, desmultiplicando-se em diferentes heterónimos, sentados em simultâneo à mesma mesa do café urbano. O segundo, cosmopolita, fazendo explodir a sua integridade na diversidade dos talentos, Arlequim dos seus desenhos, elegante citadino, apaixonado do ver, observador sempre atento”.
Arquitetura
Ezequiel Nicolau, 1988
Arte
Júlio Pomar, I988