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Arte
Campo Pequeno
Estação Restauradores: 25 de abril, às 11h, será encerrado o acesso norte (Av. da Liberdade), devido à Corrida da Liberdade e às comemorações do 25 de abril. Acesso será reaberto no fim das celebrações.

Campo Pequeno

Para esta estação, o revestimento de azulejos criado por Maria Keil é constituído por uma malha de linhas oblíquas brancas ou ocres que se entrecruzam sobre um fundo azul claro, definindo um padrão que lembra uma estrutura cristalina. Aqui e além, alguns dos elementos deste padrão são coloridos a ocre ou a branco e preto, ganhando volume, destacando-se assim do plano de fundo.

Em 1994 foi totalmente remodelada com projeto arquitetónico dos Arq.º Duarte Nuno Simões e Arq.º Nuno Simões. Para a animação plástica foi convidado o escultor Francisco Simões que seguiu uma linha temática decorrente do historial do local onde a estação se insere.

O local da estação é uma zona de Lisboa onde até durante a primeira metade do século se dava a entrada na cidade das populações das zonas rurais que a envolvem, e que vinham à cidade vender os seus produtos.

Francisco Simões com este seu trabalho vai homenagear estas figuras típicas. Escolheu como matéria prima os inúmeros e belíssimos mármores portugueses, lioz, de Pêro Pinheiro, azulino, de Maceira, encarnadão e amarelo de Negrais, rosa de Vila Viçosa, ruivina de Estremoz, brechas de Tavira, negro de Mem Martins, verde de Viana do Alentejo, cinzento de Trigaches e azul da Bahia no Brasil e ainda pedras semi-preciosas, como ágata e onix.

Nas plataformas podemos apreciar painéis alusivos à Festa Brava, construidos a partir de um minucioso trabalho de embutidos de diversos mármores, os painéis dos átrios das bilheteiras seguem a mesma temática mas são gravados.

O autor considera-se um descendente dos escultores da escola de Mafra, das suas técnicas manuais de dar vida à pedra. Na época da mecanização recusa o facilitismo destes processos, preferindo o moldar cuidado de cada centímetro de pedra por processos manuais. O resultado final é esplendoroso, os brilhos dos mármores são potenciados libertando a sua beleza escondida.

Arquitetura

Falcão e Cunha, 1959
Benoliel de Carvalho, 1979
Duarte Nuno Simões, 1994

Arte

Maria Keil, 1959 e 1979
Francisco Simões, 1994