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Arte
Encarnação

Encarnação

Nesta estação procura-se capturar no seu espaço público interior uma imagem que seja capaz de gerar uma atmosfera de conforto visual para os seus utilizadores.

Para isso, propõe-se, em primeiro lugar, evidenciar uma ideia de sobriedade formal e cromática do conjunto dos diferentes espaços, de modo a ceder protagonismo à presença dinâmica e multifacetada dos fluxos de pessoas, assim como à melhor acomodação dos referenciais estáticos estabelecidos pelos elementos de sinalética, na definição dos percursos.

De um modo geral, também o tipo de iluminação adotado procurou sublinhar o sentido desses caminhos, desde o nível do cais até aos acessos de ligação à superfície.

O prolongamento para o interior da estação do uso de alguns elementos arquitetónicos e de materiais de revestimento ‘familiares’ ao espaço urbano exterior – muros, vãos, pedra calcária, azulejos, vidro, etc. – pretende ainda esbater a linha de fronteira exterior/interior, aumentando assim a fluidez e o conforto visual nos movimentos de entrada e saída dos passageiros.

Françoise Shein, artista plástica belga, é responsável pelo “Mapeamento Inacabado do Conhecimento” presente nesta estação. Esta obra é uma continuação da sua intervenção plástica na estação Parque, relacionados com a temática dos Direitos do Homem e dos Descobrimentos.

Este trabalho enciclopédico consiste numa história erudita do pensamento humano e das descobertas da Humanidade desde o início. Esta história de histórias está dividida em quatro partes: tempo, terra e mar, natureza e sociedade.

Em 1995, a artista juntamente com a arquiteta americana Elaine Monchak, imaginaram um projeto de arte e arquitetura, que deveria ter sido localizado por cima da estação Parque e que se chamava “O Café Cartográfico”. Este projeto café-restaurante incluía uma parede pública de esculturas sobre a história das grandes descobertas da Humanidade. O projeto e as obras não puderam ser concluídos e as esculturas estão agora instaladas nesta estação de metro, no que a artista chama “Reencarnação”.

Arquitetura

Alberto Barradas, 2012

Arte

Françoise Schein, 2022