Laranjeiras
Sá Nogueira, na sua trajetória criadora, passou a determinada altura a recorrer à fotografia enquanto método possível de obter uma representação hiper-realista. É dentro desta fase que se pode incluir o trabalho plástico da estação Laranjeiras. Na arte dos espaços públicos é corrente os artistas atenderem às especificidades dos locais para daí extrairem os temas para elaborarem os seus trabalhos. Neste caso houve uma interpretação literal do nome da estação.
Laranjeiras é o nome que a toponímia conservou, herança do que existiu no local, área de quintas de recreio, com os seus jardins à portuguesa que incluiam muitas vezes árvores de fruto, pomares de odores fortes, numa junção entre o belo e o prático. Sá Nogueira quis deixar marcado de forma duradoira todo esse passado que, com a voragem do tempo, desapareceu, surgindo em seu lugar mais um local de intensa atividade urbana
Este trabalho, realizado na Fábrica Rugo, recorre ao processo serigráfico para conseguir a transcrição de fotografias, trata-se de uma técnica habitualmente usada em produção industrial. Com esta intervenção plástica o processo de fabrico “em série” foi elevado ao plano de Arte.
Arquitetura
António J. Mendes, 1988
Arte
Rolando Sá Nogueira 1988
Fernando Conduto (colaboração)