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Arte
S. Sebastião

S. Sebastião

Em 2009, devido à construção de S. Sebastião II (linha Vermelha) foi necessário efetuar alterações ao projeto inicial de S. Sebastião I (linha Azul), tendo os acabamentos sido praticamente substituídos na sua totalidade por materiais idênticos aos que se iriam utilizar na futura estação S. Sebastião II. Foram adotados materiais que se consideram “neutros”, a fim de valorizar o trabalho plástico desenvolvido por Maria Keil, cujos painéis datam dos anos 90, tendo sido efetuada em S. Sebastião I, à luz deste projeto, uma reinterpretação da intervenção plástica que já existia.

Em S. Sebastião II (linha Vermelha) o desenho encontra-se associado aos percursos e a momentos que acontecem ao longo dos vários espaços, partindo do azulejo tradicional (14X14 cm) como módulo de várias matrizes. Maria Keil explora, nesta estação, possíveis transformações do azulejo, encontrando na luz, cores, formas e texturas, o diálogo com o público. Os momentos, os ritmos de partida, de chegada, o percurso e os compassos de espera, são assim descritos ao passageiro e não lhe passam, de forma alguma, despercebidos em todo o seu trajeto.

Com três novos tipos de azulejos em relevo, originando superfícies multifacetadas, onde predomina a cor branca, a artista consegue impor vários ritmos que são enfatizados pelo brilho emanado e a capacidade refletora (efeito cinético), que se afiguram uma das principais caraterísticas desta técnica. Segundo a pintora, num espaço subterrâneo e de betão o azulejo confere-lhe brilho e frescura e as pessoas sentem-no quando passam.

Arquitetura

Tiago Henriques, 2009

Arte

Maria Keil, 2009
Catarina Almada Negreiros, 2009
Rita Almada Negreiros, 2009