Telheiras
Esta disposição, proporcionando um atravessamento da linha, sobre a qual se abre dando ao conjunto uma agradável sensação de amplidão, permite, por outro lado a ligação do átrio à superfície em excelentes condições de captação de passageiros.
Existem ainda partindo do nível do átrio e desenvolvendo-se longitudinalmente, de cada lado por sobre os cais, quatro passarelas que possibilitam o acesso a zonas de serviço.
O fato da estação se situar sob um jardim público permitiu a construção de sete lanternins, em forma de pirâmide, para entrada de luz zenital, a qual dá à nave da estação uma caraterização inusitada e uma riqueza espacial decorrente das variações de luz ao longo do dia e ao longo do ano. Os materiais empregues nas zonas públicas – pedras amaciadas, azulejos e pastilhas de mosaicos com cores de tonalidades claras – proporcionam a ampliação virtual do espaço real.
Patentes em algumas das paredes da estação bem como nos respetivos tímpanos podem admirar-se as intervenções plásticas de Eduardo Batarda. O artista escolheu um suporte de azulejos onde apresenta desenhos “abertos” a branco e ligeiramente “gravados” num fundo cinza claro, sendo cada quadrado de 5 por 5 azulejos rodeado por uma cercadura acastanhada. Com a justaposição, as cercaduras formam uma quadrícula que “amplia” o efeito reticulado dos azulejos, conferindo ao todo uma caracteristica de integração espacial.
Arquitetura
Duarte Nuno Simões, 2002
Arte
Eduardo Batarda, 2002